Este blog foi criado para registro de textos, impressões, reflexões e coisas legais que mereçam ser registradas tanto em minha vida pessoal quanto profissional.
domingo, 7 de outubro de 2012
Eleições
Puxa! Quem seja minimamente esclarecido sabe que tais pessoas jamais pensaram em se eleger para o bem comum e sim para favorecerem seus próprios interesses, mas quero evitar o lugar comum.
Penso na repercussão que isso terá na minha vida a curto prazo: uma cidade sucateada, onde será negado o acesso à cultura para a população em geral, onde ambiência ficará prejudicada, as escolas serão sucateadas, enfim...o caos.
Espero do fundo do meu coração estar errada e ter que morder a língua, mas duvido muito.
domingo, 29 de julho de 2012
Argentina
quinta-feira, 14 de junho de 2012
Dia dos namorados
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Agradeço a Deus todos os dias primeiro por te-lo comigo e depois por ele ser do jeito que é: inteligente, carinhoso, carismático, alegre. Quem o conhece se encanta com ele de cara.
Certo que ele tem alguns defeitos: um mau humor do cão em alguns momentos, uma preguiça infinita. E ainda bem que ele tem esses defeitinhos, porque senão seria perfeito e perfeição não existe e graças a Deus que ele existe!
domingo, 3 de junho de 2012
O que mais me impressionou no documentário "Raul Seixas: o início, o fim e o meio" foi mostrar com tanta simplicidade e crueza como tudo na vida dele aconteceu. A impressão que tive sobre ele é de um gênio ingênuo e influenciável.
Infelizmente, como quase todos os gêniais artistas da minha geração e de outras, foi consumido pela droga da droga, mas deixou uma obra maravilhosa, rock feito de poesia...lindo...Adorei!
Texto de Vinícius de Moraes - Anne Frank tinha que ter lido isso!!!
A transfiguração pela poesia
Creio firmemente que o confinamento em si mesmo, imposto a toda uma legião de criaturas pela guerra, é dinamite se acumulando no subsolo das almas para as explosões da paz. No seio mesmo da tragédia sinto o fermento da meditação crescer. Não tenho dúvida de que poderosos artistas surgirão das ruínas ainda não reconstruídas do mundo para cantar e contar a beleza e reconstruí-lo livre. Pois na luta onde todos foram soldados - a minoria nos campos de batalha, a maioria nas solidões do próprio eu, lutando a favor da liberdade e contra ela, a favor da vida e contra ela - os sobreviventes, de corpo e espírito, e os que aguardaram em lágrimas a sua chegada imprevisível, hão de se estreitar num abraço tão apertado que nem a morte os poderá separar. E o pranto que chorarem juntos há de ser água para lavar dos corações o ódio e das inteligências o mal-entendido.
Porque haverá nos olhos, na boca, nas mãos, nos pés de todos uma ânsia tão intensa de repouso e de poesia, que a paixão os conduzirá para os mesmos caminhos, os únicos que fazem a vida digna: os da ternura e do despojamento. Tenho que só a poesia poderá salvar o mundo da paz política que se anuncia - a poesia que é carne, a carne dos pobres humilhados, das mulheres que sofrem, das crianças com frio, a carne das auroras e dos poentes sobre o chão ainda aberto em crateras.
Só a poesia pode salvar o mundo de amanhã. E como que é possível senti-la fervilhando em larvas numa terra prenhe de cadáveres. Em quantos jovens corações, neste momento mesmo, já não terá vibrado o pasmo da sua obscura presença? Em quantos rostos não se terá ela plantado, amarga, incerta esperança de sobrevivência? Em quantas duras almas já não terá filtrado a sua claridade indecisa? Que langor, que anseio de voltar, que desejo de fruir, de fecundar, de pertencer, já não terá ela arrancado de tantos corpos parados no antemomento do ataque, na hora da derrota, no instante preciso da morte? E a quantos seres martirizados de espera, de resignação, de revolta já não terão chegado as ondas do seu misterioso apelo?
Sofre ainda o mundo de tirania e de opressão, da riqueza de alguns para a miséria de muitos, da arrogância de certos para a humilhação de quase todos. Sofre o mundo da transformação dos pés em borracha, das pernas em couro, do corpo em pano e da cabeça em aço. Sofre o mundo da transformação das mãos em instrumentos de castigo e em símbolos
De força. Sofre o mundo da transformação da pá em fuzil, do arado em tanque de guerra, da imagem do semeador que semeia na do autômato com seu lança-chamas, de cuja sementeira brotam solidões.
A esse mundo, só a poesia poderá salvar, e a humildade diante da sua voz. Parece tão vago, tão gratuito, e no entanto eu o sinto de maneira tão fatal! Não se trata de desencantá-la, porque creio na sua aparição espontânea, inevitável. Surgirá de vozes jovens fazendo ciranda em torno de um mundo caduco; de vozes de homens simples, operários, artistas, lavradores, marítimos, brancos e negros, cantando o seu labor de edificar, criar, plantar, navegar um novo mundo; de vozes de mães, esposas, amantes e filhas, procriando, lidando, fazendo amor, drama, perdão. E contra essas vozes não prevalecerão as vozes ásperas de mando dos senhores nem as vozes soberbas das elites. Porque a poesia ácida lhes terá corroído as roupas. E o povo então poderá cantar seus próprios cantos, porque os poetas serão em maior número e a poesia há de velar.
* Primeira crônica do A., publicada em A Manhã, 1946.
quinta-feira, 31 de maio de 2012
Enquanto a atriz fazia brincadeiras e interagia com meus alunos, fiquei observando-os. Toda vez que faço isso, que fico observando-os sem interagir com eles, fico encantada também. Eles lá, paradinhos, ouvindo uma história de tartaruga...lindos.. são ainda tão crianças, apesar de se acharem tão adultos e sabedores de tudo no mundo. Meu coração se encheu de ternura por cada um deles, enquanto seus olhinhos brilhavam.
Voltei pra casa tão cansada, esgotada de ficar andando por todo o teatro pra ver o que cada um estava aprontando. Eles se comportaram muito bem, mas eu precisava me certificar...rs... Por causa disso cheguei em casa muito cansada, mas muito feliz. Minha quarta-feira valeu à pena.
sábado, 26 de maio de 2012
Ainda sobre o tempo...
O tempo passa ? Não passa
Carlos Drummond de Andrade
O tempo passa ? Não passa
no abismo do coração.
Lá dentro, perdura a graça
do amor, florindo em canção.
O tempo nos aproxima
cada vez mais, nos reduz
a um só verso e uma rima
de mãos e olhos, na luz.
Não há tempo consumido
nem tempo a economizar.
O tempo é todo vestido
de amor e tempo de amar.
O meu tempo e o teu, amada,
transcendem qualquer medida.
Além do amor, não há nada,
amar é o sumo da vida.
São mitos de calendário
tanto o ontem como o agora,
e o teu aniversário
é um nascer a toda hora.
E nosso amor, que brotou
do tempo, não tem idade,
pois só quem ama escutou
o apelo da eternidade.
Sobre o tempo
Não é à toa que ele é tema de músicas, livros, poesias e todas as demais manifestações artítiscas e do espírito da raça humana. O tempo é mais um diferencial entre os homens e os animais, pois o homem é o único animal que tem consciência da passagem do tempo e de que seu tempo é diferente do dos demais animais. O tempo é relativo: ele é maior ou menor de acordo com o que estamos vivendo dentro dele. Como é diferente o último minuto do horário de trabalho de sexta-feira do último minuto em que estamos na companhia de uma pessoa a quem adoramos, não é mesmo?
Hoje mesmo, procurando algo em minhas publicações no Facebook, reparei quantas coisas foram publicadas e quantos acontecimentos no pequeno período de uma semana, e, no entanto, parece que nada mudou, nada aconteceu.
Mas enfim, tudo isso só pra falar que fiquei cerca de um mês sem escrever aqui e nem imaginava que fazia tanto tempo.
De fato, o tempo voa...
sábado, 21 de abril de 2012
Aniversário da Érica...
De repente as luzes foram apagadas e a música ficou mais alta e eles fora se dirigindo à pista de dança. A princípio, timidamente, mas se soltando aos poucos.
Eu lá, na mesa, observando todos eles e adorando aquilo.
Eles começaram a dançar e eu encantada por estar, de certa forma, participando da intimidade deles, fazendo parte do mundo deles.
Fiquei ali, olhando e pedindo a Deus que aquel alegria que eles sentiam naquele momento fosse eterna...
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Wish You Were Here Pink Floyd
Heaven from Hell
Blue skies from pain
Can you tell a green field
From a cold steel rail?
A smile from a veil?
Do you think you can tell?
Did they get you to trade
Your heroes for ghosts?
Hot ashes for trees?
Hot air for a cool breeze?
Cold comfort for change?
Did you exchange
A walk on part in the war
For a lead role in a cage?
How I wish
How I wish you were here
We're just two lost souls
Swimming in a fish bowl
Year after year
Running over the same old ground
What have we found?
The same old fears
Wish you were here
O céu do inferno
Céus azuis da dor
Você consegue distinguir um campo verde
de um frio trilho de aço?
Um sorriso de um véu?
Você acha que consegue distinguir?
Fizeram você trocar
Seus heróis por fantasmas?
Cinzas quentes por árvores?
Ar quente por uma brisa fria?
Conforto frio por mudança?
Você trocou
Uma pequena participação na guerra
Por um papel principal numa cela?
Como eu queria
Como eu queria que você estivesse aqui
Somos apenas duas almas perdidas
Nadando num aquário
Ano após ano
Correndo sobre o mesmo velho chão
O que encontramos?
Os mesmos velhos medos
Queria que você estivesse aqui
quarta-feira, 18 de abril de 2012
Mas não...eles realmente estavam ali e eu também...e isso foi muito, muito maravilhoso e chorei, gritei, me arrepiei e senti todas as emoções a que tive direito. Foi realmente muito bom.
A outra experiência foram algumas viagens que fiz pelo Brasil, lugares que sempre quis conhecer e que finalmente e felizmente tive a oportunidade de fazer. Conheci Fortaleza, São Paulo, Recife e Rio de Janeiro. Todos lugares lindos, praias maravilhosas, clima também maravilhoso. Enfim...Nos três casos realidades muito diferentes do nosso estado, culturas diferentes, costumes diferentes, como dizem por aí..o Brasil é vários "Brasis".
Penso que todos os brasileiros deviam passar pela experiência de conhecer estados diferentes daqueles em que vivem porque isso ajuda e muito a entender vários aspectos da cultura e até da economia do nosso país.
Daí quem ler esse texto vai me perguntar: mas o que uma experiência tem a ver com a outra? E eu vou responder: ambas foram muito importantes pra mim no sentido de que em ambas cresci, aprendi, me emocionei...
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Pois bem...aí o que eu fiz? Procurei me rodear de pessoas que tivessem a mesma visão que eu sobre educação, me quebrei de montão com as questões financeiras, trabalhei como uma louca, a ponto de as pessoas me dizerem que eu não sorria mais, enfrentei gripe A, temporais que destelharam parcialmente a escola, oposição de um pequeno grupo de professores. Mas na contrapartida, consegui, junto com minha equipe e com toda a comunidade escolar, reintegrar a escola a uma gestão democrática de fato, em que os pais e os alunos têm voz e constituem instâncias de participação como o Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, Conselho de Classe Participativo e inúmeras outras formas de participação.
Outro aspecto muito marcante foi a convivência com os alunos de inclusão que a escola passou a abrigar em número muito maior e com qualidade de atendimento também muito maior durante a gestão. Aprendi tanto com eles, aprendi principalmente que a felicidade é algo muito mais subjetivo do que eu pensava, mas também é muito mais possível do que eu pensava. E aprendi também que normal é um conceito que não existe.
Mas enfim...os três anos da gestão terminaram no final do ano passado e na festa de Natal no fim do ano passado senti um misto de alívio, alegria e um pouquinho...beeeem pouquinho gostinho de quero mais. Mas esse gostinho de quero mais eu coloco hoje na conta de contribuir com a equipe que agora continua o trabalho e o faz com muita competência e empenho.
Foi um desafio que, graças a Deus, consegui vencer...mais um.