Surpresas

     Dia de chuva, frio, eu de cama me recuperando de uma cirurgia. Preciso me manter tranquila, porque senão a ansiedade vai tomar conta de mim vai ser muito pior.

     Não vejo a hora de poder me movimentar, fazer coisas, ficar independente.

     Enquanto isso não acontece, faço planos. Planos em relação a tudo, planos profissionais, planos pessoais, planos de aula (hehehe). Faço planos e penso, reflito sobre a vida e me convenço cada dia mais que a vida é total e completamente surpreendente, que coisas que jamais imaginamos serem possíveis de repente se apresentam com tanta naturalidade à nossa frente e só o que podemos fazer é observarmos boquiabertos o curso dos acontecimentos. E essas surpresas podem vir de dentro de nós mesmos ou de lugares distantes como o Japão.

     Mas enfim, isso é vida, e ela pulsa mesmo quando estamos imóveis.

Momento complicado

  Estes últimos meses não têm trazido coisas muito boas. Episódios de doenças (nada grave, apenas uma gripe, mas uma gripe que me impediu de ir trabalhar), clima ás vezes pesado no ambiente de trabalho (não sei o que tem acontecido que as pessoas estão com os ânimos alterados e, como costumo dizer, "qualquer pé de galinha dá uma sopa"), a maioria das pessoas com finanças meio enroladas, uma relação patronal não muito amistosa com minha categoria, enfim, uma mistura de fatores que não têm contribuído muito para a paz geral.

  Não sei por que não tenho conseguido dar continuidade às minhas atividades na academia. Sempre acaba acontecendo algo que faz com que eu precise ficar semanas sem ir...isso me deixa muito mal.

  Tenho que dizer, no entanto, que nem tudo foi amargura. Houve bons momentos também. Assisti dois filmes ótimos no cinema: "Somos tão jovens" e "Faroeste Caboclo", ambos relacionados ao Renato Russo, Legião Urbana e, portanto à minha adolescência, lembrança sempre bem-vinda.

   Conheci também a cidade de Bento Gonçalves. Ficamos em uma pousada super charmosa que é também uma vinícola e tivemos oportunidade de visitar o local de fabricação e armazenamento do vinho...muito legal.

   Fora isso, as relações familiares, graças a Deus, têm sido muito tranquilas, o que já é um grande motivo de alegria.

   É...no balanço geral das coisas, até que não estamos tão mal. Só falta o retorno pra academia!

Fim de semana maravilhoso

Mais um fim de semana acabando na praia. Um fim de semana maravilhoso, daqueles em que tudo dá certo. 

Recebemos amigos aqui em casa para o fim de semana, bebemos, brincamos, conversamos, comemos, curtimos o mar, o sol, passeamos pela praia à noite, rimos de montão. Enfim, harmonia total.

No final, quando todos se foram, restou a traquilidade de estarmos só nós dois no nosso cantinho e uma leve sensaçãozinha de vazio, já que até nosso filhote resolveu passar uns dias no apartamento.

Agora aqui, escrevendo, olho pro Mauro dormindo e fico pensando em quantos e quantos momentos desses já vivemos ao longo dos 22 anos que compartilhamos. Foram muitos. Sou muito grata a Deus por isso. Hoje tenho convicção de que todas as coisas que nos acontecem, as boas e as ruins, têm uma causa e uma consequência. A causa muitas vezes identificamos, mas da consequência nem sempre nos damos conta. Digo isso porque sei que dias e momentos harmoniosos e felizes como o fim de semana que está agora acabando são sempre frutos de sentimentos harmoniosos e energias positivas que deixamos emanar de nós, assim como os maus momentos também são consequências muitas vezes da más escolhas. 

Por isso que peço sempre a Deus que oriente minhas escolhas e as das pessoas que amo e me são caras.

Dia de chuva na praia

Mauro fazendo o almoço na casa da praia...delícia!

E foi-se o ano de 2012. O mundo não acabou, o Inter não foi campeão, meus candidatos não ganharam a eleição, enfim...tudo dentro do esperado hahahaha!

Hoje mais uma coisa dentro do esperado: chuva na praia. Mas eu gosto. Dias assim trazem aqueles momentos de tranquilidade nos quais pensamos quando programamos as férias. Aí eu aqui no notebook vendo sites de viagens e espiando bobagens no facebook, o Mauro fazendo faxina na cozinha e o Raul dormindo o sono dos adolescentes.

Férias deliciosas, tranquilas como há tempos não tínhamos no verão, já que os últimos trouxeram alguns contratempos...coisas da vida.

Estou lendo um maravilhoso livro do Moacyr Scliar: Majestade do Xingu. Sempre que leio um grande autor, sinto um pouquinho de inveja: queria escrever bem assim também. Quem sabe um dia, de tanto querer, não acabo conseguindo, né? A vida é tão surpreendente...

Enquanto não me torno uma grande escritora, vou levando a vida assim: lendo, fazendo planos, pensando bobagens. Por enquanto não quero pensar em nada para o retorno das férias...só faço planos a looongo prazo ou a curtíssimo prazo, como: o que vamos ter para o almoço? Acho que o Mauro já começou algo, to sentindo o cheirinho...hummm...Vou lá!

Eleições

Estou me sentindo muito mal, eu diria que arrasada mesmo. Fico me perguntando como em plena era da informática e no decorrer do terceiro mandato do PT no governo federal, as pessoas ainda conseguem votar em políticos tradicionais e demagogos. O que foi eleito em minha cidade é uma pessoa tão duvidosa que isso chega a transparecer na sua própria aparência. Ele tem cara mesmo de mau político ( uso palavras amenas sempre).
Puxa! Quem seja minimamente esclarecido sabe que tais pessoas jamais pensaram em se eleger para o bem comum e sim para favorecerem seus próprios interesses, mas quero evitar o lugar comum.
Penso na repercussão que isso terá na minha vida a curto prazo: uma cidade sucateada, onde será negado o acesso à cultura para a população em geral, onde ambiência ficará prejudicada, as escolas serão sucateadas, enfim...o caos.
Espero do fundo do meu coração estar errada e ter que morder a língua, mas duvido muito.

Argentina

     Estive na Argentia e voltei apaixonada. São muitas as coisas apaixonantes por lá. No primeiro dia visitamos La Bombonera, o estádio do Boca Júniors (isso era prioridade pros meus dois loucos por futebol).    É encantador a forma como tudo por lá é direcionado às vitórias do time, desde a estrutura das arquibancadas até a posição do vetiário dos times visitantes. 

     Depois visitamos os bairros, começando pelo bairro do Boca, que é onde fica o estádio. Por lá é tudo muito colorido, desde as casas, as paredes grafitadas muito coloridas, as pessoas dançando tango ao longo das ruas, diversas exposições culturais e artesanais.

     Nos próximos dias visitamos os outros bairros mais conhecidos, o bairro de Palermo, lindo com suas belíssimas praças e parques e o inesquecível jardim japonês; o bairro Santelmo, que não tinha tantas atrações porque a feira que acontece lá é somente aos fins de semana; Puerto Madeiro, lindo bairro também, com o Porto e uma longuíssima e charmosa espécie de boulevard ao longo do canal. Visitamos as praças principais do centro e os monumentos, o Obelisco, a Casa Rosada, a Plaza del Maio...enfim, muitos pontos turísticos.

     A mim os argentinos pareceram muito cordiais, alegres, simpáticos e belos. Fiquei chocada por constatar que as mulheres argentinas não usam em seu cotidiano nem maquiagem, nem salto alto! 

     Adorei alguns fatos que observei na língua ( aliás, fiquei tão apaixonada pela língua espanhola que voltei decidida a estudá-la) : as abreviaturas: ud (vc) BsAs( Buenos Aires). Verifiquei que não é tão difícil assim a comunicação com eles, é só uma questão de ritmo, porque muitas palavras que não são as mesmas que as nossas têm alguma analogia com coisas daqui.

     Outra coisa que daria um capítulo à parte é o espetáculo de tango. Quando assistimos a um deles, podemos sentir a força da sensualidade dos argentinos, é realmente espetacular.

     No entanto, nem tudo foram flores. Os argentinos ainda têm muito a aprender em termos de ambiência: a arquitetura dos prédios é belíssima, antiga, porém muito mal cuidada; as ruas do centor são sujas, eles não têm o hábito de utilizar as lixeiras e jogam seus lixos pelo chão ( por isso têm essa mesma atitude quando visitam nossas praias), é realmente chocante. Os homens, embora muito educados e galantes, são visivelmente machistas, o que é um paradoxo num país que tem como ídolo nacional Evita Perón e como presidente uma mulher.

     Falando em Evita, tivemos a sorte de visitar o país justamente na semana de 60 anos de aniversário de morte de Evita. Houve manifestações do povo em frente à Casa Rosada e diversos documentários na televisão sobre os últimos dias dela (coisa que não assistiríamos aqui no Brasil).

      Tivemos sorte também porque justo no período em que estivemos por lá estava acontecendo a Rural, que é a Expointer de lá e pudemos visitá-la, muito legal.

     A Argentina parece estar, em diversos aspectos, pelo menos uma década atrás do Brasil, isso em coisas que leigamente pude observar. Nas farmácias lá ainda são usadas aquelas balanças analógicas, com ponteiros!

     Bom, fico por aqui com Buenos Aires, estive também em Montevideo, mas essa é outra história.

Dia dos namorados

     Sei lá, mas o dia dos namorados não é pra mim uma data assim tão tão importante. Na verdade, não é que não seja importante, é que, pra mim, não é uma data em que obrigatoriamente tenha-se que fazer coisas diferentes ou gastos astronômicos. Lógico que, como toda mulher, adoro mimos e presentes, mas sinceramente, prefiro sentimentos verdadeiros e profundos.

     Meu dia dos namorados foi bacana, fiz um jantar especial pra gente, ganhei um presente maravilhoso, dei vários presentinhos ( nem tão maravilhosos assim, mas de coração), mas o dia que de fato foi pra mim dia dos namorados foi o sábado. Isso porque no sábado à noite eu estava muito muito cansada, corpo dolorido, naquele estado de pré gripe (hoje já não mais pré), me joguei na cama e fiquei lá, encolhida, jogada, quase dormindo. Aí recebi janta na cama, mimos, carinhos, massagens...ai...isso sim é digno de dia dos namorados. Isso faz uma pessoa sentir-se amada.

     Espero todo dia poder corrersponder e fazer com que ele se sinta tão amado quanto me sinto...